segunda-feira, 12 de novembro de 2007

A Boa alma do World Trade Center

Adam é um pequeno funcionário de uma empresa que trabalha com empréstimos de pequenos porte para famílias pobres, os clientes da empresa são em geral, negros, mexicanos, hispanos e outras minorias étnicas que possuam uma garantia sólida como um carro ou preferencialmente casa. Adam se encarrega do cadastro dessas pessoas, tem em seu cadastro os dados pormenorizados desses infelizes, que colocam em debito suas almas por um punhado de dólares.
Adam é casado e tem dois filhos, Spencer e Wilbur, um de dezoito e o outro de quinze. Sua mulher se chama Ângela é gorda e fiel. Adam também é fiel a sua família e a sua mulher. É um homem de poucas ambições mais preocupado em manter o pouco que conseguiu do que com risco de novas aventuras. Assim é no trabalho, assim é na vida. Nada de aventuras.
Seu carro é um carro alemão a prova de quebras, sua casa tem pára raios e todos os domingos ele dobra os joelhos perante o crucificado, implorando que este o mantenha no nível em que se encontra. Adam viu seu pai passar por muitos apuros, culpa da bebida e da inclinação para a putaria. Por isso Adam não quer trocar a sua felicidade provinciana pelo pecado.
Acontece que hoje exatamente hoje a empresa contratou mais uma funcionária, seu nome é Mônica e ela é bela, muito bela. É uma gostosa! Provocante, sensual, jovem e apetitosa! Mesmo tendo sempre se policiado e se prevenido contra esse tipo de tentação, Adam ficou bastante perturbado com a senhorita Mônica, ela bem ao contrário relaxada e calma, ciente da sua força de atração despejava sobre ele o seu charme e a sua beleza com cheiro de sexo.
Ao final do primeiro dia quando na saída ela o convidou para tomar um drink no bar do edifício, ele para própria surpresa não pestanejou e a seguiu pelos corredores até o bar, onde beberam, e se conheceram melhor. Depois de dois drinks, ele, que era fraco para a bebida, caiu desmaiado e moça teve que carregá-lo para o seu carro. Acordou no dia seguinte, um sábado, na cama dela, detalhe: nu.
Voltou para casa, mas não foi direto, antes passou na igreja, o horário era o da missa e sabia exatamente quem encontraria lá. Na frente destes, ele se penitenciou aproveitando o auditório de amigos, pediu perdão à esposa e aos filhos que se encontravam presentes, ela exausta de tanto chorar, os filhos envergonhados. A esposa o perdoou e se abraçaram e choraram juntos aos filhos ainda mais envergonhados. O pastor os louvou e louvou a coragem do homem que não se envergonha de assumir publicamente o pecado e o erro.
Adam saiu da igreja revigorado e certo de que não cairia de novo em tentação.
Na segunda ignorou o que pode a senhorita Mônica, não lhe dirigia o olhar, mais por medo e respeito ao inimigo. Não se falaram além do que o necessário para a boa ordem dos serviços. O convite para uma nova esticada no final do expediente foi recusado com frieza.
A principio a senhorita Mônica pareceu entender que ele não queria mais nada com ela e não o importunou mais, salvo com suas pernas a mostra, seus decotes generosos e sua voz de sereia e sua presença sempre instigante. Ele resistiu e ela parecia aceitar isso. Até que na sexta veio a ordem superior; a instalação de um novo sistema de cadastro mais moderno seguro e completo, exigia que o senhor Adam passasse para o computador todas as informações disponíveis, tarefa bastante árdua, reconhecia o chefe e para tanto convocava também, para ajudá-lo na empreitada a senhorita Mônica, - Segunda feira este novo programa tem que estar rodando e atualizado, - pediu o chefe. E lá foram ele trabalhando noite adentro, ela profissional não se insinuou em nenhum momento e na verdade ele ficou impressionado com a rapidez com que ela realizava o seu trabalho; o mesmo volume que ele levava uma hora para preencher ela o fazia em quinze minutos, quatro vezes mais rápida, de forma que o serviço que deveria consumir bem uma quatro horas, cinco horas, foi terminado em pouco mais do que hora e meia.
– Acabamos. – ela disse. – Estou exausta! Um drink, preciso de um drink! Sei que você não gostou da nossa ultima saída, mais a essas horas... Dez horas! Eu não poderia ir sozinha ao bar do edifício. Você não se incomodaria de me acompanhar, não precisa beber nem nada, só me fazer companhia. E ele que já avisara a esposa que ficaria trabalhando até mais tarde e ele se sentindo na obrigação de recompensar aquela mulher que praticamente fizera todo trabalho sozinha, foi. Ela tomou dois drinks, falaram do trabalho de amenidades e ela disse que podiam ir embora, não eram nem onze horas. No caminho ao passarem em frente ao bar Quintos de Dante, um sem teto cruzou a frente do carro dele e ele o atropelou. Parou o carro e tentou socorrer o homem. Para sua surpresa o cara não morrera, mais estava muito bravo e se agarrou a Adam e os dois rolaram pelo asfalto molhado, o resultado dessa briga foi uma testa arranhada e sangrando e as roupas molhadas. Quando o homem se foi, Mônica pediu que entrassem no carro, mas o carro resolveu não pegar. A bateria do celular de ambos caiu, começou a chover e diante dessa situação absurda, Mônica sugeriu que fossem ao bar em frente para buscar socorro. Um telefone e um drink para aquecer os ossos.
– Você precisa parar de beber, ele disse.

E A PARTIR DAÍ DEU-ME UM BRANCO, FALTOU "LIGA", TINTA, SANGUE, INSPIRAÇÃO, PIRAÇÃO! NAO CONSIGO TERMINAR! LANÇO UM DESAFIO. QUE ALGUÉM ME AJUDE A DAR UM TÉRMINO NESSA HISTÓRIA.

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