ZOO
Imaginei este blog como um passeio ao Zoo.
Aqui, como lá, você poderá conhecer os diversos espécimes que eu pude capturar nos meus vários anos. Capturei alguns contra a vontade, outros se ofereceram dóceis e tiveram aqueles, que na verdade é que me caçaram. Numa melhor análise capturei e fui capturado, a definição precisa do ativo ou passivo nessa história é tênue e insignificante.
Assim é a vida na selva humana, ninguém escapa de uma jaula.
Estive preso em muitas jaulas desde que sai do útero materno. Fui presa da família, da escola, do trabalho, dos amores, dos amigos, da esposa, dos filhos e da sociedade.
E durante todo esse tempo, fui também montando a minha coleção particular.
E é essa coleção que apresento a vocês, são criaturas excepcionais e admiráveis sob todos os aspectos. Tenho por elas, sentimentos que vão do amor ao ódio, da admiração ao medo, do respeito ao carinho e sentido de proteção.
Se você ficou chocado com o termo “jaula”, com o ambiente úmido e frio e cinza do ZOO. Você pode trocar a paisagem de “Simba safári” por uma visita ao museu ou a uma galeria de arte.
Não importa se você vai vê-los como quadros ou como os bichos que verdadeiramente somos. De qualquer forma eles não escaparão das jaulas ou das pinturas das minhas recordações. De qualquer maneira, eu os apresentarei como peças da minha coleção afetiva. Presos para sempre em minha memória e no meu coração.
As personagens que surgirão neste blog, não aparecerão numa ordem cronológica, também não quis colocá-los em ordem alfabética, na verdade eles aparecerão sem ordem alguma. Eu preferi assim.
Na verdade não preferi nada! Não estou no comando desse “Jurassic Park”, devo confessar. Eles é que foram chegando e se apresentando.
Melhor assim, temia que qualquer classificação pré-definida tirasse a espontaneidade da coisa. Uma catalogação rígida demais, tornaria o passeio monótono e presumível. Uma ordem cronológica destruiria o conceito do blog, transformando-o em algo próximo de uma publicação autobiográfica. E, embora eu vá correr este risco desde o início, vou tentar ao máximo evitar que isto aconteça.
Se estiverem prontos, vamos começar o passeio na minha selva psicótica. Deixe-me antes abrir um parêntese; acho que sou mesmo um sujeito bastante psicótico – não sei se é esse o termo correto; psicótico. Infelizmente não pude fazer uma pesquisa com profissionais que dominem o assunto da loucura. Mas não tenho dúvidas de que não sou um camarada 100% normal!
Talvez esse livro seja uma tentativa de cura. A única terapia possível.
Entre os que me lêem, eu sei que encontrarei pessoas que me entenderão bem o que sinto, por que são pessoas como eu. Sabem que quase sufocamos sob o peso da responsabilidade de guardar esse imenso Zoo. Somos os guardas, os administradores, os zeladores e os vendedores de pipoca do parque. Guardar essas pessoas é um trabalho perigoso. São criaturas, algumas, com um poder letal. Eu as exorcizo, mostrando-as, desnudando-as.
Poderia buscar alívio para minhas dores, num confessionário. Mas onde encontrar, fora da ficção, um padre com tempo e paciência para escutar as minhas estórias. Um terapeuta, está além das minhas posses atuais; é algo muito longe do meu horizonte monetário. Então, resolvi escrever um livro. Inclusive porque posso fazer isso sem o risco das minhas palavras se voltarem contra mim.
Mas, vamos parar de enrolar e começar logo esse passeio.
Só não posso garantir que será agradável. Alguns espécimes apresentados poderão chocar aqueles de estômago fraco. O cheiro de alguns, a aparência e o comportamento de outros poderão ofender àqueles que resistem à idéia de no final das contas, sermos somente animais; carne, sangue e nervos; suor, saliva e sêmen; eletricidade e instinto. A intuição, a sede e a fome nas rédeas da nossa fortuna. Instinto é o que nos comanda. Você pode morrer negando isso se quiser. Não é o que todos fazem? Negue! É mais fácil, cômodo e mais... Mais... Meu Deus! A palavra!!! Qual é a palavra? RACIONAL!!! Sim racional. Vocês são pessoas racionais, por isso jamais se verão presos em jaulas. Vocês, não!
Vocês, que nos finais de semana, talvez decidam ir ao zoológico para dar pipocas aos macacos, se assustar com os leões, se arrepiarem com as cobras e sorrirem com a fofura dos pequenos ursos.
Logo estarei postando os primeiros espécimes. Aguarde e... Cuidado!
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
A Boa alma do World Trade Center
Adam é um pequeno funcionário de uma empresa que trabalha com empréstimos de pequenos porte para famílias pobres, os clientes da empresa são em geral, negros, mexicanos, hispanos e outras minorias étnicas que possuam uma garantia sólida como um carro ou preferencialmente casa. Adam se encarrega do cadastro dessas pessoas, tem em seu cadastro os dados pormenorizados desses infelizes, que colocam em debito suas almas por um punhado de dólares.
Adam é casado e tem dois filhos, Spencer e Wilbur, um de dezoito e o outro de quinze. Sua mulher se chama Ângela é gorda e fiel. Adam também é fiel a sua família e a sua mulher. É um homem de poucas ambições mais preocupado em manter o pouco que conseguiu do que com risco de novas aventuras. Assim é no trabalho, assim é na vida. Nada de aventuras.
Seu carro é um carro alemão a prova de quebras, sua casa tem pára raios e todos os domingos ele dobra os joelhos perante o crucificado, implorando que este o mantenha no nível em que se encontra. Adam viu seu pai passar por muitos apuros, culpa da bebida e da inclinação para a putaria. Por isso Adam não quer trocar a sua felicidade provinciana pelo pecado.
Acontece que hoje exatamente hoje a empresa contratou mais uma funcionária, seu nome é Mônica e ela é bela, muito bela. É uma gostosa! Provocante, sensual, jovem e apetitosa! Mesmo tendo sempre se policiado e se prevenido contra esse tipo de tentação, Adam ficou bastante perturbado com a senhorita Mônica, ela bem ao contrário relaxada e calma, ciente da sua força de atração despejava sobre ele o seu charme e a sua beleza com cheiro de sexo.
Ao final do primeiro dia quando na saída ela o convidou para tomar um drink no bar do edifício, ele para própria surpresa não pestanejou e a seguiu pelos corredores até o bar, onde beberam, e se conheceram melhor. Depois de dois drinks, ele, que era fraco para a bebida, caiu desmaiado e moça teve que carregá-lo para o seu carro. Acordou no dia seguinte, um sábado, na cama dela, detalhe: nu.
Voltou para casa, mas não foi direto, antes passou na igreja, o horário era o da missa e sabia exatamente quem encontraria lá. Na frente destes, ele se penitenciou aproveitando o auditório de amigos, pediu perdão à esposa e aos filhos que se encontravam presentes, ela exausta de tanto chorar, os filhos envergonhados. A esposa o perdoou e se abraçaram e choraram juntos aos filhos ainda mais envergonhados. O pastor os louvou e louvou a coragem do homem que não se envergonha de assumir publicamente o pecado e o erro.
Adam saiu da igreja revigorado e certo de que não cairia de novo em tentação.
Na segunda ignorou o que pode a senhorita Mônica, não lhe dirigia o olhar, mais por medo e respeito ao inimigo. Não se falaram além do que o necessário para a boa ordem dos serviços. O convite para uma nova esticada no final do expediente foi recusado com frieza.
A principio a senhorita Mônica pareceu entender que ele não queria mais nada com ela e não o importunou mais, salvo com suas pernas a mostra, seus decotes generosos e sua voz de sereia e sua presença sempre instigante. Ele resistiu e ela parecia aceitar isso. Até que na sexta veio a ordem superior; a instalação de um novo sistema de cadastro mais moderno seguro e completo, exigia que o senhor Adam passasse para o computador todas as informações disponíveis, tarefa bastante árdua, reconhecia o chefe e para tanto convocava também, para ajudá-lo na empreitada a senhorita Mônica, - Segunda feira este novo programa tem que estar rodando e atualizado, - pediu o chefe. E lá foram ele trabalhando noite adentro, ela profissional não se insinuou em nenhum momento e na verdade ele ficou impressionado com a rapidez com que ela realizava o seu trabalho; o mesmo volume que ele levava uma hora para preencher ela o fazia em quinze minutos, quatro vezes mais rápida, de forma que o serviço que deveria consumir bem uma quatro horas, cinco horas, foi terminado em pouco mais do que hora e meia.
– Acabamos. – ela disse. – Estou exausta! Um drink, preciso de um drink! Sei que você não gostou da nossa ultima saída, mais a essas horas... Dez horas! Eu não poderia ir sozinha ao bar do edifício. Você não se incomodaria de me acompanhar, não precisa beber nem nada, só me fazer companhia. E ele que já avisara a esposa que ficaria trabalhando até mais tarde e ele se sentindo na obrigação de recompensar aquela mulher que praticamente fizera todo trabalho sozinha, foi. Ela tomou dois drinks, falaram do trabalho de amenidades e ela disse que podiam ir embora, não eram nem onze horas. No caminho ao passarem em frente ao bar Quintos de Dante, um sem teto cruzou a frente do carro dele e ele o atropelou. Parou o carro e tentou socorrer o homem. Para sua surpresa o cara não morrera, mais estava muito bravo e se agarrou a Adam e os dois rolaram pelo asfalto molhado, o resultado dessa briga foi uma testa arranhada e sangrando e as roupas molhadas. Quando o homem se foi, Mônica pediu que entrassem no carro, mas o carro resolveu não pegar. A bateria do celular de ambos caiu, começou a chover e diante dessa situação absurda, Mônica sugeriu que fossem ao bar em frente para buscar socorro. Um telefone e um drink para aquecer os ossos.
– Você precisa parar de beber, ele disse.
E A PARTIR DAÍ DEU-ME UM BRANCO, FALTOU "LIGA", TINTA, SANGUE, INSPIRAÇÃO, PIRAÇÃO! NAO CONSIGO TERMINAR! LANÇO UM DESAFIO. QUE ALGUÉM ME AJUDE A DAR UM TÉRMINO NESSA HISTÓRIA.
Adam é um pequeno funcionário de uma empresa que trabalha com empréstimos de pequenos porte para famílias pobres, os clientes da empresa são em geral, negros, mexicanos, hispanos e outras minorias étnicas que possuam uma garantia sólida como um carro ou preferencialmente casa. Adam se encarrega do cadastro dessas pessoas, tem em seu cadastro os dados pormenorizados desses infelizes, que colocam em debito suas almas por um punhado de dólares.
Adam é casado e tem dois filhos, Spencer e Wilbur, um de dezoito e o outro de quinze. Sua mulher se chama Ângela é gorda e fiel. Adam também é fiel a sua família e a sua mulher. É um homem de poucas ambições mais preocupado em manter o pouco que conseguiu do que com risco de novas aventuras. Assim é no trabalho, assim é na vida. Nada de aventuras.
Seu carro é um carro alemão a prova de quebras, sua casa tem pára raios e todos os domingos ele dobra os joelhos perante o crucificado, implorando que este o mantenha no nível em que se encontra. Adam viu seu pai passar por muitos apuros, culpa da bebida e da inclinação para a putaria. Por isso Adam não quer trocar a sua felicidade provinciana pelo pecado.
Acontece que hoje exatamente hoje a empresa contratou mais uma funcionária, seu nome é Mônica e ela é bela, muito bela. É uma gostosa! Provocante, sensual, jovem e apetitosa! Mesmo tendo sempre se policiado e se prevenido contra esse tipo de tentação, Adam ficou bastante perturbado com a senhorita Mônica, ela bem ao contrário relaxada e calma, ciente da sua força de atração despejava sobre ele o seu charme e a sua beleza com cheiro de sexo.
Ao final do primeiro dia quando na saída ela o convidou para tomar um drink no bar do edifício, ele para própria surpresa não pestanejou e a seguiu pelos corredores até o bar, onde beberam, e se conheceram melhor. Depois de dois drinks, ele, que era fraco para a bebida, caiu desmaiado e moça teve que carregá-lo para o seu carro. Acordou no dia seguinte, um sábado, na cama dela, detalhe: nu.
Voltou para casa, mas não foi direto, antes passou na igreja, o horário era o da missa e sabia exatamente quem encontraria lá. Na frente destes, ele se penitenciou aproveitando o auditório de amigos, pediu perdão à esposa e aos filhos que se encontravam presentes, ela exausta de tanto chorar, os filhos envergonhados. A esposa o perdoou e se abraçaram e choraram juntos aos filhos ainda mais envergonhados. O pastor os louvou e louvou a coragem do homem que não se envergonha de assumir publicamente o pecado e o erro.
Adam saiu da igreja revigorado e certo de que não cairia de novo em tentação.
Na segunda ignorou o que pode a senhorita Mônica, não lhe dirigia o olhar, mais por medo e respeito ao inimigo. Não se falaram além do que o necessário para a boa ordem dos serviços. O convite para uma nova esticada no final do expediente foi recusado com frieza.
A principio a senhorita Mônica pareceu entender que ele não queria mais nada com ela e não o importunou mais, salvo com suas pernas a mostra, seus decotes generosos e sua voz de sereia e sua presença sempre instigante. Ele resistiu e ela parecia aceitar isso. Até que na sexta veio a ordem superior; a instalação de um novo sistema de cadastro mais moderno seguro e completo, exigia que o senhor Adam passasse para o computador todas as informações disponíveis, tarefa bastante árdua, reconhecia o chefe e para tanto convocava também, para ajudá-lo na empreitada a senhorita Mônica, - Segunda feira este novo programa tem que estar rodando e atualizado, - pediu o chefe. E lá foram ele trabalhando noite adentro, ela profissional não se insinuou em nenhum momento e na verdade ele ficou impressionado com a rapidez com que ela realizava o seu trabalho; o mesmo volume que ele levava uma hora para preencher ela o fazia em quinze minutos, quatro vezes mais rápida, de forma que o serviço que deveria consumir bem uma quatro horas, cinco horas, foi terminado em pouco mais do que hora e meia.
– Acabamos. – ela disse. – Estou exausta! Um drink, preciso de um drink! Sei que você não gostou da nossa ultima saída, mais a essas horas... Dez horas! Eu não poderia ir sozinha ao bar do edifício. Você não se incomodaria de me acompanhar, não precisa beber nem nada, só me fazer companhia. E ele que já avisara a esposa que ficaria trabalhando até mais tarde e ele se sentindo na obrigação de recompensar aquela mulher que praticamente fizera todo trabalho sozinha, foi. Ela tomou dois drinks, falaram do trabalho de amenidades e ela disse que podiam ir embora, não eram nem onze horas. No caminho ao passarem em frente ao bar Quintos de Dante, um sem teto cruzou a frente do carro dele e ele o atropelou. Parou o carro e tentou socorrer o homem. Para sua surpresa o cara não morrera, mais estava muito bravo e se agarrou a Adam e os dois rolaram pelo asfalto molhado, o resultado dessa briga foi uma testa arranhada e sangrando e as roupas molhadas. Quando o homem se foi, Mônica pediu que entrassem no carro, mas o carro resolveu não pegar. A bateria do celular de ambos caiu, começou a chover e diante dessa situação absurda, Mônica sugeriu que fossem ao bar em frente para buscar socorro. Um telefone e um drink para aquecer os ossos.
– Você precisa parar de beber, ele disse.
E A PARTIR DAÍ DEU-ME UM BRANCO, FALTOU "LIGA", TINTA, SANGUE, INSPIRAÇÃO, PIRAÇÃO! NAO CONSIGO TERMINAR! LANÇO UM DESAFIO. QUE ALGUÉM ME AJUDE A DAR UM TÉRMINO NESSA HISTÓRIA.
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